Apendicite Aguda

Dr. Márcio Jamel

A Apendicite Aguda é a causa mais comum de abdome agudo no mundo, com uma prevalência em 7% da população. É a principal causa de intervenções cirúrgicas abdominais nos Hospitais de Emergência. Ocorre mais comumente em adultos jovens, entre 20 e 30 anos, porém pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças e idosos.

 

O que é Apendicite aguda?

É a inflamação do apêndice cecal. O apêndice é um resquício embriológico da formação do intestino, e está localizado na primeira porção do intestino grosso, o ceco. Como é uma estrutura muito fina e estreita, pode ser facilmente obstruído por fecalitos (resíduos de fezes) ou por aumento de tecido linfóide local. Quando ocorre a obstrução, há aumento da produção de muco e proliferação bacteriana, instalando-se um processo infeccioso que com o passar do tempo evolui para complicações. A apendicite não melhora espontaneamente ou apenas com uso de medicamentos. O tratamento é cirúrgico, com a remoção do apêndice. Caso não seja tratado, pode ocorrer perfuração do órgão com extravasamento de conteúdo fecalóide (fezes) para a cavidade abdominal, levando a um quadro de peritonite e sepse abdominal, que pode ser fatal.

 

É possível prevenir a Apendicite?

Não há nenhum comportamento que predisponha ao surgimento de apendicite. Também não é uma condição genética ou familiar. E não há nenhum alimento que quando ingerido aumente a chance de ter apendicite. O que pode ser feito é estar atento aos sinais e sintomas sugestivos de apendicite e procurar atendimento médico rapidamente para que o diagnóstico e tratamento sejam precoces.

 

Quais os sinais e sintomas?

A dor abdominal é o principal sintoma, e se inicia próximo ao umbigo, associada a náuseas e perda de apetite. Com a evolução do quadro, a dor passa a se localizar na região inferior direita do abdômen e o paciente pode apresentar vômitos e febre baixa. O abdômen pode apresentar distensão. Importante ressaltar que nem todos os pacientes manifestam os sintomas da mesma forma. Além disso, algumas condições podem dificultar e atrasar o diagnóstico, como obesidade, apêndice em posição anatômica anômala, apendicite em idosos, em pacientes imunodeprimidos.

 

Como agir em caso de dor abdominal?

Todo paciente com dor abdominal persistente por mais de 6h deve procurar o Pronto Socorro. Se a suspeita for mesmo de Apendicite Aguda, serão solicitados exames  laboratoriais e de imagem. Antigamente, o diagnóstico de Apendicite era baseado apenas no exame físico, pois na maioria dos casos o quadro clínico é bem característico e os exames de imagem não eram de fácil acesso. Hoje em dia, tanto nos hospitais públicos como privados, é muito raro não termos exames de imagem disponíveis. O Ultrassom abdominal ou a Tomografia Computadorizada de abdomen são os exames de imagem que costumam ser solicitados nos casos de suspeita de apendicite. Caso a suspeita seja confirmada, o tratamento clínico deve ser iniciado, com antibiótico venoso e a equipe de Cirurgia Geral será acionada, para programação cirúrgica.

 

Como é a Cirurgia para retirada do Apêndice?

A apendicectomia (cirurgia para resseção do apêndice) pode ser realizada via convencional (aberta) ou via laparoscópica (minimamente invasiva, por video). Ambas devem ser realizadas no centro cirúrgico, sob anestesia geral. 

Na técnica aberta é feita uma  incisão no quadrante inferior direito do abdômen, através da qual o apêndice é ressecado. Em alguns pacientes, principalmente nos casos de apendicite complicada (com perfuração do apêndice e peritonite) pode ser necessária uma incisão maior, na região central do abdômen.

Hoje em dia a técnica videolaparoscópica é o padrão ouro. Os instrumentos e a microcâmera são inseridos no abdômen através de 3 pequenas incisões, por onde o apêndice é retirado. Nos casos de apendicite complicada pode ser necessário que a cirurgia seja convertida para a técnica convencional. Hoje em dia muitos hospitais já contam com aparelhos de vídeo e equipes especializadas. Quando possível, a via laparoscópica deve ser a opção de escolha, pois fornece uma melhor recuperação pós-operatória, com menos dor, recuperação mais rápida e melhor aspecto estético.

 

Como será a recuperação pós-operatória?

A reintrodução alimentar é bastante variável e depende de cada caso. Em alguns pacientes, principalmente nos quadros mais graves, o intestino demora mais a retomar seu funcionamento normal. A dieta deve ser iniciada de forma lenta e gradual, com alimentos líquidos e pastosos, e após a alta a alimentação deve ser leve. O tempo de permanência hospitalar também é variável. A alta pode ocorrer no dia seguinte, quando a apendicite é inicial; mas pode se prolongar por 2 semanas ou até mais, nos casos complicados. O paciente pode retornar às atividades físicas após cerca de 45 dias; e o retorno ao trabalho vai depender do tipo de atividade que a pessoa exerce. Cada caso deve ser avaliado individualmente.

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